Quando o meu filho Caio tinha entre dois e tres anos, era terrível. Destruidor, devassador, demolidor... Quanto o levei certa vez na casa do amigo Gilson, no dia seguinte, ele (o Gilson) reclamou da destruição e sugeriu que eu usasse uma coleira na próxima vez. Tínhamos (e temos) intimidades para esse tipo de diálogo. No momento preferi ficar calado, até por não contar com muita coisa que me desse razão. Mas um fio de luz começou a preparar uma verde e gelada vingança.

Algum tempo depois, quanto foi na minha casa e levou seus filhos Cássio e Fábio, ambos entrando na fase de crescimento, o churrasco acabou antes da hora, tamanha era o apetite dos dois. Eles se apossaram da mesa do churrasqueiro, até que ficaram totalmente saciados, algumas horas depois...em detrimento dos demais convidados. No dia seguinte falei irônica e jocosamente: "Gilson! na próxima vez que levar teus filhos pro churrasco, não esquece as mordaças...". Pronto.Vingado estava.

Apesar de preferir perder um amigo que uma boa piada, isso foi apenas uma leve brincadeira e todos os envolvidos e seus demais familiares são amigos desde tempos remotos.

"Imagina se não fossem" está remoendo o leitor mais atendo...