Pedrão era cabra destemido e corajoso. Tinha vindo lá do Piauí pra ficar rico nos garimpos de ouro de Porto Velho, nos anos 80. Se casou com uma linda e faceira cozinheiro chamada Julieta que conhecera lá mesmo no garimpo. Sorte a dela que logo veio pra cidade cuidar da bela casa que Pedrão acabara de adquirir. Pedrão trabalhava no sistema de turno mas só vinha em Porto Velho a cada quinze dias. Nas suas folgas menores aproveitava para cobrir  turno de faltosos...e ficar mais rico. Certo dia recebeu um bilhete da mulher dizendo: "Amor, minha mãe morreu, meu irmão caçula está vindo passar uns dias aqui. Só enquanto a dor passa e ele organiza sua vida. A minha irmã Jaqueline, que você já conheceu, não tem condições de ficar com ele. Beijos, te amo."
Na folga Pedrão conheceu o cunhado e até gostou muito dele. Muito solícito e estava sempre ajudando em tudo. Assim ficou até mais despreocupado, pois o irmão de sua esposa iria ajudar cuidar de seu patrimônio. Jair, o cunhado bom sujeito, se ofereceu para ajudar Pedrão abrir uma conta no Banco do Brasil, recebendo para tanto uma procuração com suficientes poderes...
Cinco meses depois, após ter bamburrado no garimpo, mandou todo o dinheiro por um amigo para o cunhado aplicar no Banco. Na semana seguinte, no sábado, resolveu fazer uma surpresa pra mulher mas... Quando chegou em casa encontrou "o lugar mais limpo".
Logo percebeu que algo de errado acontecera e foi procurar  Jaqueline, a cunhada.
- Julieta foi embora mesmo, mas não deixou nem vestígio do destino. Deixou sim umas roupas suas aqui. Pediu pra eu lhe entregar - Lhe assegurou a cunhada.
- E o Jair, seu irmão?
- IRMÃO?... Nós não temos irmãos. Jair... Jair... Ah lembrei... Só se for o Jair Mangueira, um antigo namorado dela...
Esssa descoberta foi a segunda pior na vida de Pedrão. Pois a pior de todas foi quando ele foi ao banco...