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Recanto do Chagoso
Prosa e Poesia
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Nada de graça - Táxi, Por favor!
Estava eu indo pra casa no meu antigo Passat Branco quando uma silhueta de um senhora gesticula a minha frente como esivesse pedindo carona... Diminuí a marcha e passei lentamente por ela, tentando reconhecê-la. Já estava desistindo de parar quando ela num gesto mais autoritário me ordenou a parar. Imediatamente sentou-se no banco de trás e me indicou o lugar onde queria ir: um bairro da periferia a mais de cinco quilômetros do local onde estávamos. Claro que percebi tratar-se de um egano. A senhora minha passageira confundiu meu carro com um táxi. Entretanto antes mesmo que eu pudesse desfazer o engano ela começou a reclamar por eu não ter parado no local onde ela estava esperando e pela limpeza do meu carro (que nem estava tão sujo assim). Vendo que eu continuava parado me reprovou com veemência: "Vamos! VAmos! VAmos! Eu tenho pressa." Resolvi então fazer uma boa ação e levar, até que meio de gozação, a senhora no local pretendido. Ao pedir-lhe ajuda para achar o local correto, mais uma vez me criticou: "O Senhor tem saber essas coisas!"
Resolvido o impasse  e chegado ao local veio a pergunta fatal: "Quanto deu aí?". Respondi que não precisava pagar nada (explicar que me carro não era taxi, nessas alturas, não fazia o menor sentido). "Não senhor! Não quero nada de graça". Pra ver-me livre daquela senhora tive que cobrá-la, não sem antes ouvir meia duzias de desaforos por não saber o valor correto e outras coisas. E pra finalizar, me disse: "O senhor não serve para taxista. Pode mudar de profissão!"
Nunca mais via aquela senhora e mesmo se a visse não a reconheceria mais. Mas com certeza devo fazer parte do folclore da vida dela, assim como ela do da minha, embora em situações totalmente antagônicas.
Chico Chagoso
Enviado por Chico Chagoso em 26/08/2007
Alterado em 28/04/2010
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