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Textos

Aparício Fernandes

 

Minibiografia

          Aparício Fernandes de Oliveira (1934-1996) destacou-se como escritor, poeta e antologista brasileiro, com notável contribuição para a literatura de trovas no país. Sua dedicação à arte da trova e à promoção de poetas brasileiros consolidou seu legado na cultura literária nacional (FALANDO DE TROVA, 2023).

Biografia

          Nascido em 16 de dezembro de 1934, na cidade de Acari, Rio Grande do Norte, Aparício era filho de José Fernandes de Oliveira e Verônica Fernandes de Oliveira. Após a morte precoce de sua mãe, quando ele tinha apenas seis anos, passou a infância e parte da adolescência em Macau, no mesmo estado. Em 1952, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estabeleceu residência permanente. Em 16 de dezembro de 1967, casou-se com Adelina Maria Diniz Fernandes, com quem teve dois filhos: Maria Verônica e André (FALANDO DE TROVA, 2023).

 

Literatura

          Aparício Fernandes iniciou sua trajetória literária colaborando com jornais, revistas e emissoras de rádio, incluindo a redação de um programa de divulgação de trovas para a Rádio Globo. A convite de Gilson Amado, participou da "Universidade sem Paredes", apresentando um programa na antiga TV Continental do Rio de Janeiro, onde entrevistava intelectuais (FALANDO DE TROVA, 2023).

          Em parceria com Zalkind Piatigorsky, poeta e juiz de direito, organizou a coleção "Trovas e Trovadores", composta por 22 livros de trovas de autores nacionais, publicada pela Livraria Freitas Bastos entre 1962 e 1963. Posteriormente, juntamente com Piatigorsky e Magdalena Léa, psicóloga e poetisa, lançou a coleção "Trovas do Brasil", com 12 volumes de diversos autores, editada pela Editora Minerva em 1965. Ao longo de sua vida, publicou cerca de 60 livros, consolidando-se como um dos principais antologistas do país (FALANDO DE TROVA, 2023).

 

Abordagens

          A obra de Aparício Fernandes é marcada por uma profunda sensibilidade lírica e filosófica. Suas trovas abordam temas como saudade, amor, fé e reflexões sobre a vida e a morte. Demonstrando versatilidade, também explorou o humor em suas composições. Um exemplo de sua habilidade humorística é a trova:

Eu formulo esta sentença

como um libelo à tolice:

antes cego de nascença

do que cego de burrice! 

                                                                                         (FALANDO DE TROVA, 2023).

         

          Sua devoção à esposa, Adelina Maria, é evidente em seus escritos, nos quais frequentemente expressa o amor e a admiração que sentia por ela. No soneto "À Minha Esposa", ele declara:

Bendita sejas tu que, dentre as criaturas,

em minha alma puseste eternamente o selo

deste amor imortal que encerra mil ternuras,

alimentadas todas pelo teu desvelo

                                                                                               (FALANDO DE TROVA, 2023).

 

Legado

          Aparício Fernandes faleceu em 9 de janeiro de 1996, no Rio de Janeiro, vítima de câncer. Seu legado permanece vivo através de suas obras e da influência que exerceu sobre a literatura de trovas no Brasil. Sua dedicação à promoção da trova e de seus autores contribuiu significativamente para a valorização dessa forma poética no cenário literário nacional (FALANDO DE TROVA, 2023).

          Aparício Fernandes deixou uma marca indelével na literatura brasileira, especialmente no campo da trova, mas também, como muitos o consideram, o principal antologista brasileiro. Sua vida e obra continuam a inspirar poetas e leitores, perpetuando a importância da sensibilidade poética e da valorização da cultura nacional.

 

 

Aparício Fernandes é patrono da Cadeira 18

da Academia Brasileira de Letras e Artes

Minimalistas - Ablam, onde tenho assento.


Ilustração:

Caricatura gerada com ajuda do ChatGPT

Referências

FALANDO DE TROVA. Aparício Fernandes. Disponível em: https://falandodetrova.com.br/mag2_apar%C3%ADcio. Acesso em: 25 jan. 2025.

FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO, em http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000109574.PDF. Acesso em: 25/01/2025

 

Chico Chagoso
Enviado por Chico Chagoso em 25/01/2025
Alterado em 25/01/2025
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