Conta-se que Sebastião José de Carvalho e Melo¹, ministro do Reino de Portugal, ao ser consultado por sua majestade, o Rei Dom José I, sobre que atitudes tomar, logo após a tragédia do Terremoto em Lisboa, em 1755, foi simples e direto: Enterre os mortos, Feche os Portos e Cuide dos vivos. Verdade ou não, a metáfora é preciosa: três gestos simples e precisamente cirúrgicos que determinam o restabelecimento da ordem quando tudo parecer caminhar para o caos.
Enterrar os mortos: É limpar o local, retirar os destroços, renovar o visual; É esquecer o passado, parar de lamentar, conscientizar-se de que nada mais pode ser feito.
Fechar os Portos: É guarnecer e proteger o ambiente de forma que não se repitam as falhas; Quebrar paradigmas; Aguçar os sentidos.
Cuidar dos vivos: Tão importante como as demais significa tomar pé da situação, restabelecer a ordem, preservar o que sobrou; Valorizar o patrimônio; Amar o que se tem.
Enterremos nossos mortos, fechemos nossos portos e cuidemos de nossos sobreviventes, pois!
¹ Sebastião José de Carvalho e Melo:
Mais tarde intitulado Marquês de Pombal, foi esse Ministro quem liderou a reconstrução de Lisboa e implementou uma série de reformas políticas, econômicas e sociais em Portugal.
Ilustração:
Imagem gerada com ajuda da IA do Gemini
Publicação Anterior (09/011/2008):
Enterrar os mortos e cuidar dos feridos ou
Enterrar os mortos e cuidar dos feridos